Texto :Adriana Santos
(Estudante do 4°Período de Jornalismo ).
Essa é para os leitores dos Jornais Impressos ou Digitais de hoje ,talvez nem saibam que durante um tempo esta manchete ficaria estampada no primeiro Caderno, chamando quem estivesse passando em frente às bancas de revistas ou através dos gritos pelos jornaleiros .
Era um acontecimento na cidade,anunciavam na TV em horário nobre com edição para deixar o evento ainda mais irresistível.
Aparecia um Papai Noel completamente dentro dos padrões natalinos da época.
"Fora de forma " como tinha de ser e transmitindo ternura,com um saco branco que parecia guardar uns duzentos brinquedos .
Bem no centro do gramado ,era montado um palco para o "bom velhinho" comunicar com seus fãs.
Um público numeroso que não pagava ingresso mas trocava o convite por um quilo de alimento não perecível ,doado para instituições de caridade .
É perceptivel até a escolha das palavras, quanta diferença .
O estádio recebia total de pagantes do clássico local ,algumas empresas como lojas de departamentos sorteavam brinquedos que faziam sucesso com as crianças.
Tinha até o voucher que se chamava vale-brinde ,um refrigerante e o complemento ou pipoca.
O Evento além de divulgado gratuitamente pelos veículos de comunicação era coberto;com flashes no jornal da noite ou do dia seguinte.
O Papai Noel concedia entrevistas como grande personagem do Natal ,aproveitava para aconselhar os pequenos com dicas de comportamento.
Respeitar Pai e Mãe,além de tirar boas notas na escola, eliminava quem pretendia levar uma lembrancinha para casa, pois muitas vezes a própria criança delatava o que fazia com sentimento de culpa ou medo de perder o presente.
A chegada de Helicóptero do Papai Noel ajudava a esgotar os exemplares do dia.
O público-alvo estava procurando maiores informações quanto a data e horário;além de confirmar os locais para buscar o ingresso levando o alimento.
Empresas de transporte coletivo "facilitavam" deixando crianças e seus acompanhantes bem próximos do portão de entrada .
Ao subir a rampa do estádio o responsável dando uma das mãos para os pequenos pegava com a outra um panfleto com descontos em escolas particulares ou cursos de inglês.
Dependendo do tamanho da cidade;Belém, ,Rio de Janeiro ou São Paulo por exemplo,o Show de Noel era reportagem nos telejornais.
Na maioria das vezes a festa acontecia no fim de semana.
Papai Noel era uma espécie de celebridade.
Influenciava emotivamente crianças e adultos,ao mesmo tempo levava para os centros comerciais quem podia comprar.
Os governantes destinavam uma pequena quantidade de ônibus com cartazes informando aos passageiros que seriam levados ao ESTÁDIO-CHAMINÉ .
Como vocês podem sentir,se existisse smartphone nas décadas de 70,80 e 90 uma multidão faria de tudo para tirar uma selfie com o senhor de vermelho (piloto de trenó) que é um dos maiores símbolos da festa do aniversariante mais comemorado no mundo.
Tudo documentado gracas ao jornalismo e a memória.
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