Texto::Adriana Santos
Imagem :Adriana Santos
Um Domingo de Enem tem a procura pela perfeição,não que ela exista, mas acertar ao máximo em um dia fabuloso é apenas delirante pensamento filosófico.
Quando um participante ,como chamamos friamente hoje o vestibulando, faz o checklist e avista a hora no celular,momento de guardar tudo aquilo que o edital pede ou sugere para o local de prova ,a cabeça já está longe.
Talvez no dia do resultado .
Não adianta apressar o passo,não neste sentido.
Claro que tem um horário a cumprir ,o transporte pode ser público e gratuito neste dia de batalha dos estudantes .
Existem aqueles que vão de carona ou chegam ao endereço do entrelaçar de questões a pé mesmo .
Balançando suas sacolas com lanche que alimentam ainda mais a maratona começando depois do almoço e terminando quase no jantar.
Do lado de fora ficaram as dificuldades para estudar em tempos de pandemia,desemprego, falta de fé na Universidade e no Ensino Superior como um todo.
Para recepcionar a consagração de vencer noventa questões e mais uma prova de Redação que utilizou um tema que chama para uma conversa o poder público,veiculos de comunicação e uma sociedade cada vez mais dividida entre os que podem e os impedidos.
A invisibilidade não permite documentar o sofrimento, comida na mesa ,roupa limpa e quanto mais um diploma.
A educação comprando uma briga de séculos,negar a liberdade de algo que comprove a existência.
Os dias de espera pelo Enem tiveram a cara da desconfiança, mas o que vimos foi a identificação de uma prova bem intencionada .
Abrir os olhos é extremamente necessário.
E no final são apenas famílias orgulhosas ,elogiando o que há de melhor em relação à quem estava do lado dentro do Castelo de sonhos.
Beijo para dar sorte na entrada e saída,um abraço que ameniza o lado cansado de quem tem mais um Domingo de Enem pela frente.
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